segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Eduacação continuada


A discussão sobre educação continuada na corretagem de seguros remonta à década de 90. Com exigência mínima de 1° grau para exercício da profissão de corretor de seguros, tornava-se missão impossível qualificar a categoria. Depois de incessantes diligências às entidades sindicais e órgãos de controle do mercado, conseguiu-se a exigência do 2° grau, tornando-se possível pensar em qualificação através de exames periódicos e educação continuada, como forma de certificação dos profissionais.
Ocorre que o monopólio da educação de seguros no país está atrelado à Escola Nacional de Seguros (Funenseg), entidade que já teve no início da década na iminência de separação dos interesses dos corretores e dos seguradores quanto à formação de pessoal para o mercado.
Controverso, o tema acabou esbarrando na guerra de poder que se travou na liderança dos corretores de seguros e na intransigência dos seguradores, que querem interferir diretamente na formação e quantidade de corretores formados para o seu estoque de mais-valia.
Despreparados para sequer entender a estratégia dos seguradores, as lideranças de classe que se perpetuam pela unicidade sindical e manobras de conservação de status e poder, não identificam que as orientações da Escola Nacional de Seguros estão voltadas para os interesses do oligopólio segurador.  
Gestora dos recursos obrigatoriamente repassados pelas vendas diretas de seguradoras sem a intermediação de seguros, a Funenseg foi omissa ao assistir de camarote a criação de corretoras cativas que percebem a comissão que seria destinada à entidade, com o uso massivo de prepostos , ao arrepio da lei.
Os cursos formados pela Escola e sua grade curricular atendem aos padrões dos seguradores e não aos dos corretores.
Cursos de graduação, uma outra demanda dos corretores, foi criada à forceps com quantidade de vagas e centralização nos grandes centros do eixo Rio - São Paulo, e não somam hoje nem uma centena de vagas por período.
A falta de visão e qualificação na gestão da educação continuada de corretores de seguros chega a ser escandalosa, que ignorou as tendências de ensino à distância, única solução para alcance nacional de qualquer medida racional para o setor.

Luis Stefano Grigolin

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